14/10/06

Homem invade casas para chupar dedos dos pés das mulheres de Nova IguaçuRio

- Quando a madrugada se aproxima, o medo toma conta dos moradores de Nova Iguaçu, na baixada Fluminense. O terror do município atende pelo apelido de Maníaco do Dedo, taradão que já atacou pelo menos 20 mulheres nos bairros da Posse, Cerâmica e Comendador Soares.

O homem age sempre da mesma forma: invade a residência e chupa os dedos dos pés da vítima. No fim, antes de fugir, escreve recados obscenos na parede.A polícia afirma que já identificou o bandido: é Vitor Hugo Simões de Loterio, 28 anos.

Na 58ª DP (Posse), existem 20 registros de ocorrência sobre ataques do maníaco, que começou a fazer suas vítimas em junho do ano passado. A última mulher atacada teve os dedos chupados há uma semana.De acordo com os agentes que investigam o caso, Vitor parece usar uma espécie de chave-mestra para entrar nas casas, já que não deixa sinais de arrombamento. Está sempre com o rosto coberto por um pano e, na maioria dos casos, não chega ao local do crime armado. Para ameaçar as mulheres, ele usa facas que pega na cozinha da vítima. Os ataques são sempre entre 3h e 5h.O Maníaco do Dedo também comete roubos — em alguns ataques, ele levou aparelhos eletrônicos e dinheiro — e estuda bem o cotidiano das mulheres.

Quando a vítima é casada, o criminoso sempre espera que os maridos saiam para o trabalho.Os recados deixados na parede muitas vezes são destinados aos maridos. “O pé da sua mulher é delicioso”, escreveu uma vez. E assinou como ‘chupador de pés de mulheres’. Apesar de agir com o rosto coberto, o ‘Maníaco do Dedo’ foi reconhecido por uma vítima, já que tem cicatriz na barriga.

Um morador da Alameda Pernambuco, na Cerâmica, que preferiu não se identificar, conta que está apavorado com o Maníaco do Dedo. “Sou casado e fico preocupado. Saio para trabalhar e não tenho garantia que minha mulher estará segura. Só aqui na rua, conheço duas mulheres que já foram atacadas”, desabafa.Para se proteger, o morador está colocando objetos atrás das portas, como cadeiras, para perceber a chegada do invasor. Ele conta ainda que o clima em casa é de pavor. “Minha mulher não fica mais sozinha e evita ir ao banheiro de madrugada. Ela confere várias vezes se as portas estão trancadas e olha em baixo da cama várias vezes por noite. É um terror”, desabafa.

http://odia.terra.com.br/rio/htm/geral_61925.asp