14/07/08


Philipe Pamplona Corte Real, 16 anos, morreu nesse final de semana com um tiro de fuzil durante uma brincadeira no quartel do Exército TG 3 - Tiro de Guerra, em São Fidélis, no interior do Estado do Rio de Janeiro.

Corte Real e o atirador do Exército Maurício Mattar, 18 anos, visitavam o quartel na noite de sábado, quando Mattar pegou um fuzil 7.62 e, acreditando estar descarregado, disparou na direção do amigo, que foi atingido no pescoço.

A tragédia chocou a pequena cidade e deixou a família de Philipe revoltada. "Nada vai trazer meu filho de volta, mas alguém tem que ser responsabilizado e não pode ser o garoto (Maurício). A culpa é da irresponsabilidade do Exército, que deixa armas pesadas e carregadas nas mãos de adolescentes", afirmou o empresário Paulo César Pamplona Corte Real, 51 anos, pai da vítima.

Mattar prestou depoimento na 141ª Delegacia de Polícia (São Fidélis) e afirmou ter pego o fuzil do atirador plantonista, identificado apenas como Pereira, para brincar com Philipe. Para tentar salvar a vida do amigo, Maurício ainda pediu socorro ao Corpo de Bombeiros, mas Philipe morreu antes de chegar ao Hospital Municipal Armando Vidal.

O corpo de Philipe foi enterrado ontem à tarde no Cemitério Municipal de São Fidélis. Maurício Mattar vai responder por homicídio culposo (sem intenção de matar), cuja pena varia de um a três anos de prisão. Ele está detido no quartel de Campos. O Comando Militar do Leste instaurou inquérito para apurar o caso. O Exército disse ainda que vai investigar a participação do atirador plantonista, que era o responsável pelo fuzil.