Uma câmera digital capaz de gerar imagens 200 vezes maiores que as câmeras topo de linha disponíveis no mercado consumidor foi criada pelo MIT Lincoln Laboratory para vigiar o céu e defender a Terra da queda de possíveis asteróides ou cometas.

De acordo com o site InformationWeek,
a câmera de 1,4 gigapixel (ou 1400 megapixels) entrará em ação em dezembro de 2008 e fará parte de um protótipo de telescópio instalado em um observatório na montanha Haleakala, no Havaí.
O telescópio é um entre quatro que deverão ser instalados no domo do observatório, parte de um sistema chamado de Pan-STARRS (Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System), projeto em desenvolvimento pelo Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.

Em entrevista ao MIT News, o astrônomo John Tonry, envolvido no projeto, explicou que o gigantesco instrumento será capaz de capturar imagens com resolução de 38 mil por 38 mil pixels, e quando o conjunto estiver pronto monitorará uma área seis vezes maior que a Lua, detectando estrelas dez milhões de vezes melhor do que pode ser feito a olho nu.

Quando o Pan-STARRS estiver totalmente operacional, o céu inteiro visível do Havaí, que representa cerca de três quartos do céu total, será fotografado uma vez por semana. As imagens serão transferidas então para poderosos computadores e analisadas à procura de mudanças, que poderão indicar a existência de grandes asteróides em rota de colisão a tempo que medidas sejam tomadas.O conjunto de telescópios também será utilizado para catalogar 99% das estrelas do hemisfério norte que já foram observadas, além de permitir aos astrônomos descobrir e monitorar planetas e objetos raros de outras galáxias.

Em um Congresso realizado em 2005, foi especificado que o ideal seria monitorar ao menos 90% dos objetos maiores que 140 metros próximos à atmosfera terrestre. Um relatório de 2003 da NASA aponta que um meteoro de 60 metros que caiu na Terra há 50 mil anos formando uma cratera de mais de um quilômetro de extensão e 200 metros de profundidade no estado do Arizona gerou mais de 10 megatons de energia. Um evento parecido, supostamente ocorrido na península do Yucatàn, no México, é apontado hoje como a causa provável da extinção em massa ocorrida há 65,5 milhões de anos, que vitimou diversas espécies incluindo os dinossauros e outros grandes répteis.

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